Sunday, 30 March 2008

baldinhos de merda

Porque sim.

Não sabia como começar este texto. Nem sabia sequer porquê voltar aqui e despejar mais uma infinita quantidade de merda e afins. Decidi começar da maneira mais fácil.

Porque sim.

Porque se não é de dia, é de noite. O dinheiro não cresce nas árvores, e não há ninguém lá em cima que tenha pena de nós. Resumindo, porque nada vem do nada.

Porque sim.

Porque vale sempre a pena. É sempre fácil voltar as costas, é sempre fácil desistir. Há sempre algo ou alguém na próxima esquina pronto a derrubar-nos. Pronto a fazer-nos esquecer os nossos ideiais. Pronto a atirar-nos com um baldinho de merda e deitar abaixo tudo em que acreditamos.

Perante este pensamento enfrentamos sempre duas escolhas:
-olhar para aquele balde cheio de merda e pensar duas vezes no que vamos fazer, voltar as costas e desistir de tudo;
-atirar.lhe com um balde de merda ainda maior.

Deixo-vos com esta.

Fiquem
Miguel

Sunday, 16 March 2008

gente perdida

Eu fui devagarinho com medo de falhar
não fosse esse o caminho certo para te encontrar
fui descobrindo devagar cada sorriso teu
fui aprendendo a procurar por entre sonhos meus



eu fui assim chegando sem entender porquê
já foram tantas vezes tantas assim como esta vez
mas é mais fundo o teu olhar mais do que eu sei dizer
é um abrigo pra voltar ou um mar pra me perder..

lá for a o vento nem sempre sabe a liberdade
a gente finge mas sabe que não é verdade
foge ao vazio enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo e sinto tanto, tanto a tua falta..

eu fui entrando pouco a pouco abri a porta e vi
que havia lume aceso e um lugar pra mim
quase me assusta descobrir que foi este sabor
que a vida inteira procurei entre a paixão e a dor

lá for a o vento nem sempre sabe a liberdade
a gente finge mas sabe que não é verdade
foge ao vazio enquanto bebe, dança e ri
eu trago-te comigo e guardo este abraço só para ti..

Firefly

firefly could you shine your light
now I know your ways, cause they're just like mine,
now I'm justified, as I fall in line
and it's hard to try, when you're open wide..

Saturday, 8 March 2008

way of life

Relembrar o passado, viver o presente, sonhar o futuro @#

Saturday, 1 March 2008

Merda

Foda-se. Foda-se. FODA-SE! Não aguento mais caralho. Não aguento mais isto, esta merda não pára.

Já não sei o que fazer. Sinceramente estou perdido, não há ninguém que compreenda, não há ninguém que me possa ajudar, já não sei para onde me virar mais. E esta aula nem voa durante uns merdosos 5 segundos, parece que o próprio tempo me quer aqui fechado, mas eu só quero desaparecer. Assim que tudo acabar, vou-me. Para longe. Foda-se. Que se foda tudo. Já não me interessa nada. Nem quando, nem como, nem onde, nem o quê.

Só porquê.

Porque é que me impediram, porque é que não me deixaram, porque é que o tempo mudou e a mesma merda voltou. E agora já não sei o que dizer mais. Mais palavras para escrever sobre o que deixei de viver. E não me canso de repetir que se foda, ou merda para tudo, mas no fundo são ainda mais palavras que me faltam.

Já pensei em fugir. Já pensei em esconder-me na ignorância de todos para desaparecer para sempre. Já pensei em vícios incontáveis que de algum modo me relembrassem do que faço aqui, que me relembrassem de quem sou. Já pensei em experimentar o doce sopro no meu rosto, a partir do momento em que a vida nos é retirada das mãos num simples estalar de dedos. Mas para quê caralho? Para fugir da merda toda que se apresenta diante dos meus olhos? Não dá. Eu não quero fugir, não quero agir como um cobarde. Quero enfrentar isto de cabeça erguida. Quero levantar-me perante toda a porcaria e afirmar-me. Mas já nem seuqer sei como. Sei que existe algo que está lá, algo me vai ajudar a superar isto. Pah foda-se, mas o problema é que não sei como encontrá-lo, como encontrar esta força. Não sei onde procurar no meio de tanta merda.

Merda, merda e mais merda. A palavra fala de nojo e repugnância, de porcaria e asneira. Para mim significa apenas merda. Só isso. Por tudo o que representa para mim. Por tudo em que a minha vida se tornou. E nunca pensei vir a compreender tanto uma palavra. Exceptuando amor. Não consigo olhar nem para trás, nem para a frente. Só para o meio e só para o agora. E quando estou prestes a largar a merda, mais merda se atira para cima de mim. Tão sofucante caralho, nem me deixa respirar.

E esta folha está a chegar ao fim. Podia procurar outra para continuar, mas mais merda para escrever? Não sei o que escrever mais. Por isso, mais uma vez, reduzo-me à minha insignificância. A minha honestidade fica-se por aqui.



Miguel
29.02.08