Não sei o que me está a dar. Só sei que, no fundo, tou-me a cagar. Tou-me a cagar para as aulas, tou-me a cagar para quase tudo. Excepto, neste momento, para aquelas pessoas e aquelas pequenas cenas que me são realmente importantes. Pah mas foda-se, há tanta merda lamechas que eu escrevo. Nem sequer percebo muito bem o porquê.
Comecei a escrever porque me comecei a sentir diferente. E, já há algum tempo, houve alguém que me ajudou a olhar para um espelho interior e ver quem eu realmente sou. Aprendi. Aprendi que sou deveras reservado, que não deixo as minhas emoções passarem facilmente cá para fora, e que (e isto talvez seja um pouco mais difícil de admitir do que eu gostava) sou demasiado sensível para o meu gosto.
Então, do nada, resolvi começar a escrever. Não pensei, tipo, num diário ou numa merda do género. Eu escrevo porque escrevo. Escrevo como, quando, onde, o que me apetece. E ninguém tem nada com isso, a não ser que eu assim o queira (este é apenas mais outro dos meus imensos defeito, o isolamento, nem que seja apenas esconder meras palavras escritas numa simples folha de papel como esta - uma fotocópia apressada da biografia de Alexandre Volta). É por isso também que, muitas vezes, deixo palavras como estas à vista de outros. Porque não tenho nada a esconder.
Voltando atrás.
Neste momento, por exemplo, tou-me a cagar para muita coisa. Nomeadamente, para a aula de Fisico-Química que está a decorrer, com esta atrasada mental que não se cala. Já me chamou a atenção uma, e outra, e outra vez. Mas eu tou-me a cagar. Ao mesmo tempo que, como mais uma manifestação da minha ainda vasta infantilidade, envio papéis que atravessam metade da sala para chegar a uma pessoa especial. E, também ao mesmo tempo, a rapariga que mais me importa nesta vida e que mais me é essencial não me sai do pensamento. Pensar que sem ela simplesmente já não consigo viver. E ya, faltam 3 meses, mas não é para desistir de nada. Nem de ninguém.
E com isto já perdi o fim à meada. Mas começo como acabo. Tenho as pessoas que fazem a vida valer a pena ser vivida. Faço as minhas cenas, que fazem de mim o que sou e o que todos vêem em mim. Para tudo o resto..
Tou-me a cagar.
Miguel
5 comments:
Não cagues na boca das pessoas mais do que elas cagam na tua. Senão irás ser um cagão... sem comparação.
O fio da meada perde-se constantemente, e a esse fenómeno (vulgarmente chamado de spacing out) associa-se a fraqueza mental, quando muitas apenas é fenótipo de uma vulgar seca ou interesse por outro assunto que não aquele que se depara em frente da nossa (supostamente) mais directa percepção.
O objectivo é o Zer0cem
Se queres que te diga, não devias estar a cagar para tudo o resto. Não são só as pessoas que estão à tua volta que devem fazer-te feliz.
É também a tua atitude perante à vida.
Porque se cagares demais, vai sempre haver alguma coisa que não vai correr bem. Ninguém é perfeito, mas pode ser minimamente decente x)
LY best :D
ps. e acredita que tens muito mais a ganhar , em nao cagares pra ninguém.
Mais uma vez, faço.me e às minhas palavras desentendidos. A minha atitude perante a vida não se resume a tar.me a cagar para tudo resto que nao mencionei e que menos importa.
O meu objectivo com a escrita deste texto: nenhum. Meramente um desabafo num período lectivo extremamente desinteressante. Basicamente apenas para dizer que neste momento deixei de me concentrar em problemas e fazer.me de vitima por tudo o que tenho de mau, aprendi a enfrenta.los e passei simplesmente a tentar tirar cada vez mais proveito de tudo o que tenho de bom. Não me tou, portanto, a cagar para nimguem em concreto. Apenas para todos os que pensam que a vida e meramente feita de desgraças e dedicam.se inteiramente a colocar questoes existenciais do genero ''meu deus, onde estas quando preciso mais de ti?'' ou ''senhor, da.me uma prova da tua existencia, porque ate hoje nao consigo acreditar nela, com tanta merda a minha volta e tantos gajos a serem enrabados pelas intermitencias do diabo''
Esta é a minha interpretaçao das minhas palavras. E, nao tendo sequer um minimo de poesia, cada um procura nelas a interpretaçao que desejar.
hasta
So tenho uma coisa a acrescentar:
Estás a crescer pah! (lagrima no canto do olho)
Além de cagar, há que pensar em mijar...
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