Friday, 31 October 2008

past present future

Ou estou com a mania que sou maduro, ou estou a crescer depressa demais.

Sunday, 12 October 2008

more than a thousand

''Eu sabia o meu lugar, que era a ausência de lugar.

Talvez eu tenha começado a ser escritor nesse dia, em que me debrucei num esgoto escuro e retirei das trevas uma menina de tranças.

Vivemos por um triz, morre-se como chama que tropeça no súbito escuro''




With a rope around the neck

Sunday, 21 September 2008

here we go again

De volta. Para um recomeço. Velhas e novas caras. Uma nova segunda casa. Um mundo diferente. Pegar na velha mochila cheia de rabiscos. No estojo cheio de memórias. Tantos momentos. Tantas histórias. Amigos a relembrar.

E, no entanto, só tenho uma palavra a dizer todos os anos quando as aulas recomeçam.


Foda-se.



Miguel

Sunday, 27 July 2008

choice

Foi outra questão que me assaltou há pouco, quando em 3 longas metragens, conhecidas por muitos como um pacote de pura acção e efeitos especiais, encontrei um pacote cheio de filosofia e pensamentos constantes.

''Why, Mr. Anderson? Why do you do it? Why, why get up? Why keep fighting?''

O gajo comum faz muitas vezes esta questão. Mesmo não sendo o mais inteligente, a ideia é perceber sempre o porquê das coisas. Filósofos e sábios experientes terão com certeza melhores respostas, mais elaboradas, demonstrando ideias que remotam aos primórdios do pensamento do ser humano, sempre esclarecendo um pormenor aqui ou ali; respostas baseadas em métodos científicos que têm como principal objectivo o conhecimento absoluto. Por outras palavras, este pessoal inventa fórmulas e equações cujas soluções irão alcançar o controlo das perguntas sobre a mente. Porquê? Porquê levantarmo-nos e continuarmos a lutar? Certamente a pergunta terá respostas mais simples para uma pessoa normal. A não ser que a resposta seja algo em que pensamos acreditar, e acabamos por perceber que aquilo por que valia tudo a pena deixa de existir como o conhecemos, e se torna diante dos nossos olhos uma ilusão revelada, uma forma de controlo que nos torna prisioneiros da nossa própria existência.

''Do you believe you're fighting for something? For more than your survival? Can you tell me what it is? Do you even know? Is it freedom? Or truth? Perhaps peace? Could it be for love? Illusions, Mr. Anderson. Vagaries of perception. Temporary constructs of a feeble human intellect trying desperately to justify an existence that is without meaning or purpose.''

Muitas vezes se utiliza um sentimento, seja ele qual for, para responder a esta resposta. E muitas vezes algo como um sentimento não se nota à primeira vista. Não reparamos que ele existe, apenas sabemos. E algo tão puro como um sentimento reflete-se numa pessoa distante, num objecto insignificante. Existe algo ou alguém que, bem dentro de um ser, o faça levantar-se e arredar caminho em frente. Mas.. não será isso também uma ilusão? E se um gajo como outro qualquer não for capaz de simplesmente encontrar uma resposta para algo tão simples?

''And all of them as artificial as the Matrix itself, although only a human mind could invent something as insipid as love.''

E se?

E se um sentimento não passar de uma mentira? E se a mente de um ser humano, aquele que se orgulha de ser o mais evoluído à face da Terra, aquele que possui uma capacidade de pensamento e uma lógica como nunca se viu em qualqer ser vivo, não passar apenas de uma mente maior em tamanho? E se essa mesma mente, uma mente tão avançada, não for capaz de encontrar resposta que justifique as consequências de um acto? E se, por não haver resposta possível, a mente de uma pessoa justifica um acto, uma existência que não tem significado ou objectivo, com algo que é irreal? E se uma crença, um sentimento, um desejo é afinal uma resposta desesperada que a mente nos dá, de modo a não manter uma busca incessante e sem sucesso por algo que verdadeiramente justifique um porquê?

''You must be able to see it, Mr. Anderson. You must know it by now. You can't win. It's pointless to keep fighting.''

O certo é que, se assim for, se a mente for um modo de controlo desenvolvido ao longo de milhares de anos desde o aparecimento do homem, não nos apercebemos. Pois, se assim for, o que a mente nos envia pelo resto do corpo é o que o corpo assimila como verdadeiro e não a questiona de maneira alguma. Mesmo assim.. Não vale sempre a pena? Mesmo que a crença seja o verdadeiro embuste da história da humanidade.. Não vale a pena quando acreditamos? Não vale a pena oferecermos cada suspiro da nossa respiração em prol de um bem maior? Não vale a pena levantarmo-nos para abrir a porta e saudar a vida com todos os seus obstáculos? Não vale a pena darmos um passo, sabendo que não demos apenas mais um, mas que agora é um a menos? Não é bom sermos donos do nosso próximo passo?
Muitos dizem que adoram a vida, com tudo o que ela tem de bom para oferecer. Dizem que, por a aceitarem plenamente e confiarem nela, vão por onde os levarem os próprios passos. Eu digo que sou dono dos meus próprios passos, e que são eles que me levam..

.. mas por onde eu quiser.


''-Why, Mr Anderson? Why, why do you persist?!
-Because I choose to.''
The Matrix Revolutions


Miguel

Sunday, 20 July 2008

Fuck II

É uma sensação familiar que me atrai. Ao longo de semanas que isto me percorre o corpo como um vírus. Chegou sorrateiro, deslizando por cada poro da minha pele e infiltrou-se em profundezas, multiplicando-se, espalhando-se por essa vastidão desconhecida à minha pessoa e atingindo-me em cheio nesse ponto vulnerável onde qualquer coisa nos dói como o inferno. E no final acabo por me sentir um autêntico idiota porque isto nunca acaba.

Era só uma profunda necessidade de escrever. Não importa o quê, apenas escrever. E depois esta questão torna-se um problema, porque eu não sei que raio hei-de escrever.


Bué estúpido né? .. Eu também acho.

Saturday, 19 July 2008

Fuck

Uma simples palavra que diz tudo.

Saturday, 5 July 2008

Imprisoned

As correntes estão apertadas. Nem uma réstia de esperança. Ela espera lá fora.

Lá fora a esperança voa, sem restrições. O seu limite é nao ter limites. Lá fora, o resto do universo, onde esses pontos brilhantes que preenchem o céu iluminam o espelho cristalino e cintilante da água. Lá fora ouve-se bem no alto um som inesquecível que marca presença da maré alta que chegou para ficar indeterminadamente. Lá fora o vento define o percurso da simples folha que o abandonou. Que lhe virou costas e se fez a um mar por descobrir.

Cá dentro, um vazio.

É uma ânsia constante que percorre o corpo. Aqui os segundos não passam de meras suposições de cada mente, pois cada um viaja demoradamente e tem prazer em deixar pesadamente a sua marca em todo o decorrer desse grande ingrato que é o tempo. Inconformado, dizem, acelera e trava conforme o desejo de uma alma se encontra mais ou menos perto de se realizar. Enviado pela morte, é um manipulador egoísta que baseia o seu prazer no sofrimento de outrém.

O próprio suor parece escorrer pelas paredes. Apesar da composição e origem que os distingue, parece misturar-se com as lágrimas que descem serpenteando inundando o corpo e vão repousar enfim nos fracos dedos que tentam acariciar a terra que cobre o chão. Não há qualquer tentativa de se soltar de quem o fez prisioneiro do seu próprio feito. Não há nem nunca deve haver na vida uma altura para desistir. É moral e eticamente errado da parte do ser humano pensar sequer tal pensamento. Contudo, há uma outra altura. Aquele preciso momento em que nos apercebemos do erro e arcamos com as consequências para o resto da vida.
E não há segundas oportunidades.

Saber que a liberdade se encontra ao virar da esquina e no entanto não ter meio de a alcançar pela mais intensa das lutas do coração.. Saber que é uma simples parede que nos separa de um mundo inteiro.. Saber que há uma vida que nos espera com afinco do outro lado e que apenas se fica por um sonho impossível de concretizar.. Quando são simples correntes que nos prendem ao chão e nos impedem de abrir asas e voar para longe para refazer o que está mal feito e começar de novo.

Saber que ninguém nos deu uma oportunidade de ser alguém torna uma vida em algo sem razão aparente de ser.


Miguel

Monday, 16 June 2008

non writing

Bom, acho que já estava à espera. Este dia tinha de chegar. O dia em que eu não sei que raio é que hei-de escrever. É uma atitude bastante estúpida, ya. Criar um blog para ao fim de tantos posts dizer que, basicamente, não tenho mais nada a dizer. Por isso, vou-me limitar a não escrever.

Este acto, o de não escrever, vai ser o ''meu'' acto de não escrever. Estaria então a divina providência à espera de ver um blog a chegar ao seu fim depois de tão pouco tempo? Pois bem, meus senhores, lamento desiludir-vos mas estão enganados. Não, não tenciono deixar o resto deste texto em branco. Vou, isso sim, limitar-me a escrever. Sobre o quê? Sobre nada.

(Proviriam então outras questões do reino altíssimo, consistentes no facto de que o que eu estou a deixar aqui não faz sentido nenhum. O que é verdade.)

Para muitos, o não escrever é parar, pousar a caneta, lápis, fazer uma pausa, comer um kit-kat. Mesmo que para parar de escrever ou pousar a caneta seja preciso antes já ter começado a escrever. De maneiras que o não escrever incluiria também cenas como não dar início ao processo, não agarrar na caneta para depois a pousar, etc. Mas isso envolveria outras circunstâncias das quais não me apetece falar agora. A preguiça nasceu comigo e acompanhou-me durante longos 14 anos. Voltando ao kit-kat..

Para mim, o não escrever vai ser a minha liberdade. Sem regras, sem restrições. Acho que já o mencionei anteriormente. ''Escrevo quando, onde, sobre, o que me apetece.'' Pah ya, mas agora é uma beca diferente. Não tenho tema, nem assunto. Quanto muito teria inspiração, o meu amor, a minha musa, que está sempre no meu pensamento. Mas vou limitar-me a soltar as mãos neste teclado, como já fiz várias vezes em simples folhas de papel. E revelar-me como o puro anarquista que sou.

Já passa da meia noite agora. Os carros continuam a passar lá fora. Ouço ruídos de pneus a percorrerem rapidamente os pavimentos cobertos de água, salpicando as ruas em redor. E eu vou-me soltando. Hoje passei pela praia. É incrível, ver pessoas que aproveitam o tempo que lhes resta num imenso areal enquanto aguardam a chegada daquela não muito esperada e aclamada vaga que lhes vai tirar o seu local de pensamento, divertimento, relaxamento, ou apenas local para estar. E, pela primeira vez na minha vida, surgiu-me esta imagem como uma metáfora. Uma metáfora para a vida. Talvez mais para a minha do que para a de outros, e talvez por isso a tenha associado tão rapidamente, tal nunca me tinha acontecido. Mas é isso mesmo. Aproveitar o tempo que resta na minha praia antes que venha aquela grande onda que me vai atingir quando menos estiver à espera, e tentar tirar-me tudo o que me é querido. E nessa altura não estarei de costas. Não vou ver aquela grande montanha de água salgada com todo o lixo que lá vai parar (incluindo restos de comida, merdas tipo petróleo, e mijo) e ficar à espera que me dê um grande banho daqueles de gente badalhoca que não usa sabonete. Népia. Quando a vaga vier, vamos com ela.

E com isso damos lição a:
-todos os que cagam para tudo e para todos;
-todos os que pensam que são mais espertos que tu, apenas porque se acham superiores;
-todos os que usam o mar como casa de banho.

Hasta


Miguel

nothing else matters

So close no matter how far
Couldn't be much more from the heart
Forever trusting who we are
And nothing else matters

Never opened myself this way
Life is ours, we live it our way
All these words I don't just say
And nothing else matters

Trust I seek and I find in you
Every day for us something new
Open mind for a different view
And nothing else matters

Friday, 30 May 2008

Último Pensamento

Chego aqui mais uma vez para escrever. Ou para não escrever. Porque vai passar bastante tempo até voltar a sentir necessidade de deixar espelhadas nestas «páginas» o que me vem atormentando ao longo dos tempos. Basicamente, há alguém aí desse lado que não tem de levar com mais porcaria escrita por mim. Por isso abre a janela e grita ao mundo o quanto vais ser feliz de hoje em diante. Aquele que, com grande satisfação minha por ter cumprido apenas mais um dos meus imensos objectivos, muito provavelmente será um dos melhores blogs do mundo (precisamente por ser o que tem mais merda) vai, temporariamente, ter um ponto final. Parágrafo? Não, game over mesmo, para mim e para o resto. Esse resto, as sobras do meu dia-a-dia, baseia-se em merda. «Pah mas que panca deste idiota, tá constantemente a referir-se a merda e merda e merda..» Mas sendo este um post de pausas para contemplações, ponho também um ponto final nessa série de merdas que tenho vindo a mencionar e ponho a merda toda no devido caixote. Merda para isto.

Ultimamente tenho-me revelado demasiado filosófico e ponderado sobre certas questões que afectam o homem, a sociedade e o mundo. Foda-se. Quando as coisas dão para o torto ninguém consegue evitar escrever merda. Pah, tenho andado com aquela sensação de precisar de escrever sobre «o gajo». Não é este ou aquele. Peguemos num indivíduo do mais labrego e vulgar que existe, e façamos dele o nosso gajo. O bom samaritano comum, que anda pela rua feliz da vida, sem se preocupar com nada nem com ninguém. De facto, mal ele suspeita que ao virar da esquina há uma mínima (no entanto considerável) hipótese de:
-aparecer um saco cheio de notas de €500 no chão;
-aparecer uma puta que não cobra;
-aparecer um psicopata tarado que só lhe quer ir ao cu.

Considerando as 3 hipóteses, creio que aquela que o gajo (e todos nós, suponho eu) gostava de afastar logo imediatamente é a penetração anal do psicopata.

Contudo, se pararmos para pensar um pouco, talvez sejamos tentados a considerar também as outras alternativas. Vejamos como o gajo fica radiante ao encontrar o saco com os pedaços de papel amarrotado, cada um com o desenho de um 500 bem gordo (o número mais elevado que os azeiteiros que governam este país são capazes de produzir). Logo assola-lhe à mente bradar aos céus e proclamar que está rico. Estúpido como é o gajo comum, não previu a multidão de pobrezinhos (também vulgarmente conhecidos como portugueses) à sua volta, que lhe salta para cima carregando armas brancas e outras de calibre tão elevado que não será mencionado aqui para bem dos leitores (que já são poucos, ficar com nenhum seria como ganhar o prémio do blog mais nojento do mundo. Nesse sentido, fica para a próxima..). E logo se afasta o comício de tugas, continuando a luta entre si para ver quem é que leva a maior parte do guito. Ninguém repara que tá um gajo a esvair-se em sangue no meio da estrada, com uma faca no peito.

Pronto, a ideia de encontrar o saco cheio de euros deixa de ser tao atractiva. Mas avaliemos a seguna opção, a da puta que o gajo avista na esquina, de pernas abertas e a mascar pastilha elástica. O estereótipo do homem solteiro (ou não) ficaria «radiante» (tal como o gajo que encontrou o saco cheio de guito na rua) com uma pega que se propõe a fazer o seu trabalho de graça (perante isto, proponho imaginarem uma verdadeira badalhoca). Depois de dado início ao processo, o gajo é assaltado 2 horas e meia mais tarde pelo pensamento de que cometeu o maior erro da sua vida, pois ou se apercebe que tinha coisas mais importantes para fazer do que tar num canto da rua enrolado com uma gaja que não tem jeito nenhum para a coisa e que portanto está a fazê-lo perder o seu tempo, ou então aparece o marido da gaja. É de facto um mundo estranho, aquele em que vivemos, onde as putas que não levam nada pelo serviço são normalmente casadas, logo não têm de se preocupar com questões monetárias. Mas já me tou a desviar.. ya, o homem aparece e encontra a mulher com um genital masculino no seu interior. Provavelmente a mente do gajo está a ser assombrada por pensamentos tipo «mas porque é que eu andei a enfiar o pénis onde não devo?!'' enquanto o homem, sedento de sangue por ver a sua mulher a ser penetrada por gente rude do campo, se aproxima, já sacado da bazuka que trazia no bolso (mesmo à desenho animado). E pronto, volta o casal para casa: a mulher, para fazer mais um pouco do que esteve a fazer nos últimos 180 minutos; o homem, para se dar por satisfeito, após ter deixado uma cabeça a rebolar no pátio de casa.

Vistas as coisas por este ângulo, a perspectiva de um gajo ser enrabado por um psicopata deixa de ser tão desagradável..

Voltemos ao gajo. Aquele que ia virar a esquina para se deparar com a escolha mais difícil da sua vida. Ingénuo de merda. Por vezes vejo no gajo um reflexo da minha pessoa, a enfrentar escolhas difíceis todos os dias. Não, não sou todos os dias assaltado por pegas e psicopatas, mas calculo que esse também seja o desejo de muita gente. As minhas escolhas limitam-se a escolher o par de meias certo todos os dias (que para grande sorte minha, não é assim tao difícil..). Para mim umas meias confortáveis são as que definem o meu dia.

Precisava de escrever. Não me levem a mal, nunca tive jeito para esta merda e deixei-me levar. E como não queria acabar tudo isto a falar do odor corporal que os pés de um gajo transmitem no fim de um dia definido pelo par de meias que usou..

Hasta.


Miguel

Thursday, 22 May 2008

Pensamento III

Há uma atitude constante do gajo em ser um sacana e querer sempre mais. A esta atitude chamamos egoísmo. Porque, se formos a ver, o gajo nunca se dá por satisfeito. E, de cada vez que há uma certa atenção por parte de alguém, ele mostra-se alegre, contente. Feliz. Quando, lá no fundo, mostra-se irritado porque precisava de algo mais.

Cambada de cínicos. Somos umas bestas.

Onde pára essa merda chamada altruísmo? Não pára. No fundo, o altruísmo não existe. Tamos todos a cagar-nos uns para os outros. O mundo baseia-se nisso, a sociedade foi construída assim e o homem adapta-se. Aquilo que «pensamos» ser altruísmo não pára, paira, voa sobre as nossas cabeças como um bando de pombos prestes a finalizar a digestão. A comparação é boa, porque quando cai, cai como autêntica merda, e de repente fazemo-nos de santinhos e arrependemo-nos puramente dos nosso actos, e vimos com aquela conversa do pedir perdão e do dar sem nada pedir.

Para além de cínicos, somos hipócritas.

Há uma certa dificuldade em aproveitar. Simplesmente aproveitar. Ninguém é perfeito, mas que nenhum filho da puta me venha dizer com falinhas mansas dizer que sabe que errou e que está pronto a pedir perdão, porque errou sem querer, sem intenção. Chamem-me estúpido, cabrão, o que quiserem, mas para mim atitude mais hipócrita não há. Voltemos ao gajo. O que fez merda. Claro, há sempre que pôr o orgulho de lado, assumir a responsabilidade. Mas cair de joelhos a garantir que vai ser bom e que vai zelar pelos outros para o resto da vida.. Isso não.

Hoje ouvi um par de frases numa música que me fizeram escrever. Reflectir sobre a merda que corre o dia-a-dia de um gajo costuma fazer-me bem. Não que eu seja pessoa de reflectir. Sou, tipo, gajo de tentar não se fazer passar pelo completo idiota que é. Mas também não é para fingir. É para levar as coisas a sério.

Fazemos merda todos os dias. O mínimo que temos a fazer é engulir o orgulho, e não deixar que os outros limpem a merda que nós fazemos.


Miguel

O filho da puta

Um milionário promoveu uma festa numa das suas mansões e, a determinado momento, pede que a música pare e diz, olhando para a piscina onde cria crocodilos australianos:
- Quem saltar para a piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganha todos os meus carros. Alguem se habilita?
Espantados, os convivas permanecem em silêncio e o milionario insiste:
- Quem saltar para a piscina, conseguir atravessa-la e sair vivo do outro lado ganha os meus carros e os meus aviões. Alguém se habilita?
O silencio impera e, mais uma vez, ele oferece:
-Quem saltar para a piscina, conseguir atravessá-la e sair vivo do outro lado ganha os meus carros, os meus aviões e as minhas mansões.

Neste momento, alguém salta para a piscina. E cum caralho..a cena é impressionante. Luta intensa; o destemido defende-se como pode, segura a boca dos crocodilos com pés e mãos, torce o rabo dos répteis. Foda-se, é só visto! Muita violência e emoção.

Após alguns minutos de terror e pânico, sai o corajoso homem, cheio de arranhões, hematomas e quase despido.O milionário aproxima-se, dá-lhe os parabéns e pergunta:
-Onde quer que lhe entregue os carros?
-Obrigado, mas não quero os seus carros.
Surpreso, o milionário pergunta:
-E os aviões, onde quer que lhe entregue?
-Obrigado, mas não quero os seus aviões.
Estranhando a reacção do homem, o milionário pergunta:
-E as mansões?
-Eu tenho uma bela casa, não preciso das suas. Pode ficar com elas. Não quero nada seu.

Impressionado, o milionário pergunta:
-Mas se você não quer nada do que ofereci, o que quer então?
E o homem respondeu irritado:
-Achar o filho da puta que me empurrou para a piscina!

Moral da história:

Somos capazes de realizar muitas coisas em que por vezes nós mesmos não acreditamos, basta um empurrãozinho. Um filho da puta, em certos casos, é útil na nossa vida. Como esta merda a que chamamos Terra está cheio de filhos da puta, e como eu acredito que ja apanhaste algum, até isto pode ser uma motivação para cumprir os objectivos da tua vida.

E com esta merda, hoje perdi 30 minutos.. Caralho.

Miguel

Sunday, 18 May 2008

night

Gosto da noite. Prefiro a noite ao dia. Prefiro a lua ao sol, prefiro as estrelas ao azul claro do céu. Gosto da noite. A noite dá-me uma necessidade insaciável de escrever. Esta noite dá-me vontade de dedicar grande parte do meu tempo a preencher este ecrã com palavras soltas. O meu non writing está de volta.

Vou ser muito claro, de um modo confuso. Não tenho rigorosamente nada a dizer. Por isso há alguém desse lado que muito provavelmente está a pensar ''mas por que raio é que eu estou a ler estas merdas que não fazem sentido nenhum, vindas de um tipo com a mania que é alguém?!''. Mas eu garanto-te a ti que não tenho aqui nada de interessante, nada de novo para o mundo, portanto se achas que estás a perder o teu tempo a ler esta merda podes fechar isto e ir ver videos no youtube.

Hoje alguém teve um nó na garganta e um aperto no estômago. Hoje alguém ultrapassou as barreiras do compreensível, da máscara, e mostrou-se como o ser verdadeiramente grosseiro, rude e ingrato que é. Chamem-lhe bebé. e não, isto não é para teres pena dele. Já o disse muitas vezes e volto a dizê-lo: tou-me a cagar. E como já me disseram, depois desta afirmação, que para além de cagar há-que pensar também em mijar (citação com a qual eu concordo plenamente), vamos deixar isso de lado e voltar ao non-writing.

Alguém que não dá valor ao que tem. Alguém que constantemente se queixa quando tem tudo para ser feliz. Alguém que não se contenta por uma ninharia. Alguém que está sempre à espera que outro alguém lhe caia aos pés (este outro alguém é também vulgarmente conhecido como lambe-botas). Alguém que está sempre à espera que o fruto caia da árvore já maduro. Alguém que tem tendência para se sobrevalorizar em relação a outro alguém, e a fazer desse outro alguém nada mais do que a sua sombra. Alguém que mostra um exterior sobrecarregado de mentiras quando o interior procura alguma merda que seja verdadeira. Alguém que não olha a meios para atingir os fins. Alguém que não olha para ver quem está ao lado, mas para ver o que ganha se seguir o caminho em frente.

Em certas alturas, este alguém sou eu.


Miguel

Saturday, 10 May 2008

Pensamento II

Há gente muito merdosa neste planeta de merda.

Saturday, 3 May 2008

careless

Para muitos, isto pode ser estúpido. Nunca terão talvez tamanha afectividade perante um objecto inanimado. Mas eu simplesmente não resisti a mencionar este objecto em particular. A mencioná-la, a ela, que me tem acompanhado há tão pouco tempo, mas com quem tenho aprendido a crescer.

Hoje encontrei uma racha. Não pude resistir a percorrer com o dedo a fina linha onde aquela madeira preciosa que só uma verdadeira Alhambra possui se encontrava dividida. E foi daquelas coisas que te deixam fora de ti, que conseguem deitar um gajo ao chão. Quando acordas daquele sonho, é veres o regresso à realidade num momento súbito e aperceberes-te de que o mundo te caiu em cima.

Ela veio quando eu tinha uns meros 11 anos. Basicamente, foi uma altura na minha vida em que estava decidido que eu já não poderia continuar a viver sem música. A música nunca foi algo que me encontrou no meu decorrer ainda prematuro, apenas creio que nasci com ela no meu interior, e nesta altura alguém lá em cima se lembrou de a libertar para um espaço mais amplo, de modo a que eu e ela fôssemos um só. Meu, foi das grandes escolhas da minha vida (ainda que sendo novo, também não foram muitas as minhas escolhas a uma grande escala). Tinha tantas opções à minha frente e, no entanto, o sonho daquele rapaz de 11 anos concretizou-se quando recebeu a guitarra nas mãos. Uma Alhambra, com mais de 40 anos, que passava agora para uma nova geração com tenções de que desse momento em diante seria eu o responsável por ela.

Passaram quase 4 anos desde então. 4 anos com a minha guitarra (recentemente baptizada de ''Filipa'', devido a um capricho de certa amiga minha). 4 anos em que, com a guitarra, dei início a um longo processo de aprendizagem interior, tanto na música como na minha forma de ser. Sempre a considerei um ser, uma pessoa, uma amiga. Os meus piores momentos foram passados como apoio sempre constante dela, alturas em que só ela me valeu. Não falo dos melhores, mas com certeza que muitos desses momentos ocorreram graças a ela. Foram alturas em que nenhum amigo de maneira alguma me poderia sustentar, que ela esteve lá. Cheguei apenas a fechar-me no quarto, a refugiar-me no telhado em momentos de maior dor, e levava-a para lhe falar. E lá estava ela para me ouvir. E nunca teceu comentário algum sobre as coisas que lhe contei, mas eu sei que ela me ouvia.

Agora, chegava a casa para ver que algo não tinha corrido bem, e ao tocar-lhe de novo senti a pesada marca. A prova de que, nos últimos tempos, não lhe dei a importância que devia. Fui descuidado e senti-me abalado por uma tristeza. Não daquelas que sentimos quando um amigo se vai embora. Mas um pequeno aperto no estômago. Por pensar que está velha. É verdade, eu sei, eu sinto-o quando a toco, quando puxo por ela, quando percebo que ela já está a dar o melhor de si, e que não dá tanto quanto já terá dado nos seus melhores tempos.

Escrevi talvez mais uma vez sem sentido. Voltarei a escrever quando ela partir de vez, mas eu acredito que posso fazer com que ela dure mais e me ajude mais uma vez. É estranho escrever para um objecto. É a primeira vez que o faço, com esperança que seja a última.


Miguel

Sunday, 27 April 2008

Pensamento

Ninguém morre virgem. A vida fode-nos a todos.

Saturday, 12 April 2008

tou-me a cagar

Não sei o que me está a dar. Só sei que, no fundo, tou-me a cagar. Tou-me a cagar para as aulas, tou-me a cagar para quase tudo. Excepto, neste momento, para aquelas pessoas e aquelas pequenas cenas que me são realmente importantes. Pah mas foda-se, há tanta merda lamechas que eu escrevo. Nem sequer percebo muito bem o porquê.

Comecei a escrever porque me comecei a sentir diferente. E, já há algum tempo, houve alguém que me ajudou a olhar para um espelho interior e ver quem eu realmente sou. Aprendi. Aprendi que sou deveras reservado, que não deixo as minhas emoções passarem facilmente cá para fora, e que (e isto talvez seja um pouco mais difícil de admitir do que eu gostava) sou demasiado sensível para o meu gosto.

Então, do nada, resolvi começar a escrever. Não pensei, tipo, num diário ou numa merda do género. Eu escrevo porque escrevo. Escrevo como, quando, onde, o que me apetece. E ninguém tem nada com isso, a não ser que eu assim o queira (este é apenas mais outro dos meus imensos defeito, o isolamento, nem que seja apenas esconder meras palavras escritas numa simples folha de papel como esta - uma fotocópia apressada da biografia de Alexandre Volta). É por isso também que, muitas vezes, deixo palavras como estas à vista de outros. Porque não tenho nada a esconder.

Voltando atrás.

Neste momento, por exemplo, tou-me a cagar para muita coisa. Nomeadamente, para a aula de Fisico-Química que está a decorrer, com esta atrasada mental que não se cala. Já me chamou a atenção uma, e outra, e outra vez. Mas eu tou-me a cagar. Ao mesmo tempo que, como mais uma manifestação da minha ainda vasta infantilidade, envio papéis que atravessam metade da sala para chegar a uma pessoa especial. E, também ao mesmo tempo, a rapariga que mais me importa nesta vida e que mais me é essencial não me sai do pensamento. Pensar que sem ela simplesmente já não consigo viver. E ya, faltam 3 meses, mas não é para desistir de nada. Nem de ninguém.

E com isto já perdi o fim à meada. Mas começo como acabo. Tenho as pessoas que fazem a vida valer a pena ser vivida. Faço as minhas cenas, que fazem de mim o que sou e o que todos vêem em mim. Para tudo o resto..

Tou-me a cagar.

Miguel

Saturday, 5 April 2008

baldinhos de merda II

''Existe uma grande diferença entre ser arrastado para uma arena para enfrentar uma batalha até à morte, e caminhar para a arena com a tua cabeça erguida.

Algumas pessoas, talvez, diriam que há muito pouco por onde escolher entre os dois caminhos, que não faz diferença nenhuma.

Mas o que é facto, é que faz toda a diferença no mundo.''

Fiquem


Miguel

Sunday, 30 March 2008

baldinhos de merda

Porque sim.

Não sabia como começar este texto. Nem sabia sequer porquê voltar aqui e despejar mais uma infinita quantidade de merda e afins. Decidi começar da maneira mais fácil.

Porque sim.

Porque se não é de dia, é de noite. O dinheiro não cresce nas árvores, e não há ninguém lá em cima que tenha pena de nós. Resumindo, porque nada vem do nada.

Porque sim.

Porque vale sempre a pena. É sempre fácil voltar as costas, é sempre fácil desistir. Há sempre algo ou alguém na próxima esquina pronto a derrubar-nos. Pronto a fazer-nos esquecer os nossos ideiais. Pronto a atirar-nos com um baldinho de merda e deitar abaixo tudo em que acreditamos.

Perante este pensamento enfrentamos sempre duas escolhas:
-olhar para aquele balde cheio de merda e pensar duas vezes no que vamos fazer, voltar as costas e desistir de tudo;
-atirar.lhe com um balde de merda ainda maior.

Deixo-vos com esta.

Fiquem
Miguel

Sunday, 16 March 2008

gente perdida

Eu fui devagarinho com medo de falhar
não fosse esse o caminho certo para te encontrar
fui descobrindo devagar cada sorriso teu
fui aprendendo a procurar por entre sonhos meus



eu fui assim chegando sem entender porquê
já foram tantas vezes tantas assim como esta vez
mas é mais fundo o teu olhar mais do que eu sei dizer
é um abrigo pra voltar ou um mar pra me perder..

lá for a o vento nem sempre sabe a liberdade
a gente finge mas sabe que não é verdade
foge ao vazio enquanto brinda, dança e salta
eu trago-te comigo e sinto tanto, tanto a tua falta..

eu fui entrando pouco a pouco abri a porta e vi
que havia lume aceso e um lugar pra mim
quase me assusta descobrir que foi este sabor
que a vida inteira procurei entre a paixão e a dor

lá for a o vento nem sempre sabe a liberdade
a gente finge mas sabe que não é verdade
foge ao vazio enquanto bebe, dança e ri
eu trago-te comigo e guardo este abraço só para ti..

Firefly

firefly could you shine your light
now I know your ways, cause they're just like mine,
now I'm justified, as I fall in line
and it's hard to try, when you're open wide..

Saturday, 8 March 2008

way of life

Relembrar o passado, viver o presente, sonhar o futuro @#

Saturday, 1 March 2008

Merda

Foda-se. Foda-se. FODA-SE! Não aguento mais caralho. Não aguento mais isto, esta merda não pára.

Já não sei o que fazer. Sinceramente estou perdido, não há ninguém que compreenda, não há ninguém que me possa ajudar, já não sei para onde me virar mais. E esta aula nem voa durante uns merdosos 5 segundos, parece que o próprio tempo me quer aqui fechado, mas eu só quero desaparecer. Assim que tudo acabar, vou-me. Para longe. Foda-se. Que se foda tudo. Já não me interessa nada. Nem quando, nem como, nem onde, nem o quê.

Só porquê.

Porque é que me impediram, porque é que não me deixaram, porque é que o tempo mudou e a mesma merda voltou. E agora já não sei o que dizer mais. Mais palavras para escrever sobre o que deixei de viver. E não me canso de repetir que se foda, ou merda para tudo, mas no fundo são ainda mais palavras que me faltam.

Já pensei em fugir. Já pensei em esconder-me na ignorância de todos para desaparecer para sempre. Já pensei em vícios incontáveis que de algum modo me relembrassem do que faço aqui, que me relembrassem de quem sou. Já pensei em experimentar o doce sopro no meu rosto, a partir do momento em que a vida nos é retirada das mãos num simples estalar de dedos. Mas para quê caralho? Para fugir da merda toda que se apresenta diante dos meus olhos? Não dá. Eu não quero fugir, não quero agir como um cobarde. Quero enfrentar isto de cabeça erguida. Quero levantar-me perante toda a porcaria e afirmar-me. Mas já nem seuqer sei como. Sei que existe algo que está lá, algo me vai ajudar a superar isto. Pah foda-se, mas o problema é que não sei como encontrá-lo, como encontrar esta força. Não sei onde procurar no meio de tanta merda.

Merda, merda e mais merda. A palavra fala de nojo e repugnância, de porcaria e asneira. Para mim significa apenas merda. Só isso. Por tudo o que representa para mim. Por tudo em que a minha vida se tornou. E nunca pensei vir a compreender tanto uma palavra. Exceptuando amor. Não consigo olhar nem para trás, nem para a frente. Só para o meio e só para o agora. E quando estou prestes a largar a merda, mais merda se atira para cima de mim. Tão sofucante caralho, nem me deixa respirar.

E esta folha está a chegar ao fim. Podia procurar outra para continuar, mas mais merda para escrever? Não sei o que escrever mais. Por isso, mais uma vez, reduzo-me à minha insignificância. A minha honestidade fica-se por aqui.



Miguel
29.02.08

Sunday, 17 February 2008

Ly

14.02.08 - you took something from me.

No word can replace a feeling. However, a feeling can be shown throug a lot of ways. That's what I chose to do. It didn't make any sense at all to me to give you something that didn't have that special touch, that didn't have a certain meaning by the time I gave it to you.


So I decided to quit it. As soon as I grabbed that pen, it happend. It was like a dream. The words just kept flowing through me, on and on, and I wasn't just trying hard to contain myself because, I mean, why?


It took me a couple of hours or so. There I stood, looking at what had been my total freedom of thoughts through those last 2 hours. Making what seemed to me that was the only thing I could ever give that actually had a true meanig on it, and I was so hoping that you would understarnd it.


Every single word was felt. A share of my own identity has been given away and put together along with all my love for you, so that you may never forget me so easily.

Saturday, 16 February 2008

selfish ways

It's been a while since I last wrote someting. Such happened because I didn't feel like I needed to lay down my thoughts as regularly as I used to. All I needed was right in front of me. And I just couldn't take enough profit of it.

This cost me the most valuable friendship I've ever had.

Today I looked back furter more. I searched my past in order to seek answers to the present. To prevent myself from ever commiting the same fatal mistakes in the future. Damn it, I still cannot believe how blinded I became thanks to my pride and selfishness. I was so busy trying to ease up things a little bit on one particular and so important part of my life that I wasn't giving enough attention to the rest of it.


I guess it's all my fault. For showing lack of selflessness, for showing lack of respect. She should well give up on me, after so many opportunities that I completly wasted and threw away. There's absolutely no point in asking for forgiveness or saying I'm sorry. Just words. She'll move on with her life, pretending that I never existed. I won't ever move on with mine, knowing that I totally ended up with something that could have lasted forever had I not been soo fool and selfish.

Saturday, 9 February 2008

last thursday, 15h05min, math class

'Puta da aula de matemática. Nunca se faz um cú. Esta não faltou à excepção. Mas ao contrário de algumas outras, que chegam a ter uma ponta de interesse, desta vez esqueço as falinhas mansas do stor e perco-me a olhar pela janela. À procura de algo que me dê a volta ao ambiente por entre as nuvens do céu. A meu ver, neste momento não encontro quaisquer nuvens no céu.

Por isso mesmo.

Acontece que neste momento prendem-se os meus pensamentos num outro lugar, não longe daqui, apenas a algumas salas de distância.

É lá que ela está.

Meu Deus, ajuda-me, porque já não é a primeira vez que sinto isto, não é de perto a primeira vez que isto me acontece. Só me apetece fugir. Sair daqui. Levantar-me, abrir a porta (talvez deixando-os perplexos, tanto o stor Pedro como os meus restantes colegas) e correr para a tal sala, aquela sala, constantemente vigiada dia após dia pela placa no topo da porta, onde é possível ler-se ''8ºB''. Este sentimento cresce a cada dia que passa, torna-se pesado, óptimo e ao mesmo tempo difícil de suportar. Chegava lá, contendo-me para enfrentar os olhares de rapazes e raparigas espantados.

Não quero saber. Já não. Que se fodam os olhares, eu só quero saber de um. O dela. Juro, nunca estive tão apaixonado por ela como neste preciso momento. Aquele sorriso, aquele cabelo, aqueles olhos..

Fodasse. O stor apanhou-me a escrever esta merda e obrigou-me a resolver mais um problema, assim do nada.

Enfim.. nem sei porque comecei a escrever. Saiu-me. A aula está quase a acabar, de qualquer das maneiras. À custa disto (a que nem sei muito o que chamar), a aula para mim passou mais lentamente, mas mais fácil de aguentar. E eu não paro de pensar nela.

Nunca.'



never thought a girl could ever make me write texts during math classes..

Tuesday, 5 February 2008

whatever..

You know what? I don't care. It's your life, do whatever the fuck you want with it.

Some people are really odd, y'a know. Strange. Weird. Bizarre. There're those who don't understand 'cause they can't, they don't have enough knowledge or don't have the ability to understand.

And, likewise, there are those who don't give a shit and don't understand 'cause they don't want to.

As for me, I try my best to listen to others, 'cause there's always more to it than meets the eye. I don't really appreciate taking the wrong conclusions about something.

Or someone..

Monday, 4 February 2008

Man and Woman

Here's something I found in a friend of mine's blog. Just to show you how SOME women can really piss you off..

He: Hi there! Haven't we seen each other before, once or twice?
She: It can only have been once. I never make the same mistake twice.

He: Can I get your name?
She: Why? Haven't you been given one already?

He: Where have you been since I just met you now?
She: Hiding from you.

He: Haven't we met some place else?
She: Yeah. That's why I've never been there again.

He: Can I pay you a drink?
She: Truth be said, I'd rather have you paying me the money.

He: That seat next to you, is it empy?
She: Yes it is. And if you sit on it, mine will go empty as well.

He: Where did you get all that beauty?
She: I must have got your share of it.

He: That little face of yours must make everyone crazy.
She: And that one of yours must make everyone sick.

He: Will you go out with me next saturday?
She: I'm sorry. I'll be having headaches.

He: Come on, don't be shy. Ask me to go for a ride.
She: Ok, go for a ride.

He: I think I can make you very happy.
She: How? You're leaving?

He: What would you say if I asked you to marry me?
She: Nothing. I can't talk and laugh at the same time.

He: Your body is like a temple.
She: I'm sorry, today I'm not having any mass.

He: If I could see you naked, I would die of happiness.
She: If I could see you naked, I would die of laugh.


Oh well.. What a strange world we live in..

Sunday, 3 February 2008

My little runaway..

I wanna go away. Far from everything else. Somewhere they can't find me.

What? Yeah. You can come too. I'll take you with me. We'll see the sun shine until the end of days. Together. We'll just lie down on the beach and let ourselves get wet by the sea.

We could run away forever. No one would ever find us. It would be great to spend all my days with you.

Without ever saying goodbye..

Leave out all the rest

This one had to be post.. finally a song I can identifie myself with


I dreamed I was missing, you were so scared
But no one would listen, cause no one else cares
After my dreaming I woke with this fear:
''What am I leaving when I'm done here?''

So if you're asking me I want you to know..

When my time comes,
Forget the wrong that I've done
Help me leave behind some
Reasons to be missed..
Don't resent me,
And when you're felling empty
Keep me in your memory
Leave out all the rest

Leave out all the rest

Don't be afraid, of taking my beating
I've shared what I made
I'm strong on the surface, not all the way through
I've never been perfect, but neither have you..

So if you're asking me I want you to know..

When my time comes,
Forget the wrong that I've done
Help me leave behind some
Reasons to be missed..
Don't resent me,
And when you're feeling empty
Keep me in your memory
Leave out all the rest..

Forgetting
All the hurt inside you've learned to hide so well
Pretending
Someone else can come and save me from myself
I can't be who you are..

Saturday, 26 January 2008

Amo-te..

funny how it twists and turns every once in a while.. one day it may be perfect, the next day it all comes back to me and strikes me down.

damn it, i'm sick of this.

I'm even wondering if i should ever give up on everything. I know I cant, but there's no one in the whole world who could possibly understand me.


Ainda não sei
Mesmo que o digas
O sentimento que surge, quando menos se espera
Tudo o que sei
Eu amo-te..

Matas-me por dentro
Amor.
Descrevo o indescritível
Ainda não sei.
Leio os belos traços da tua face
E tento esquecer o inesquecível.
Nunca, nunca mais,
Amarei alguém como te amo a ti..

Saturday, 12 January 2008

one more thought..

wondering what the fuck am I doing here..

back..

it's been a while now without me posting any stuff. Figures..

why? why, may I ask myself?
and then I answer myself, with the only possible option:

School (yeap, with a capital ''S'')

You see, it ain't the school itself that really pisses me off. And now I ask myself one more time. What is it then? And the answer shows itself as clear as water in my mind, allowing me to answer myself once again.

classes (now without a capital ''c'', to show my full respect for this particular subject)

it's well worth going to school, not because of the classes, or teachers, or whatever..

it's because of the people..

Wednesday, 2 January 2008

pushing me away..

when I look into your eyes, there's nothing there to see
nothing but my own mistakes staring back at me..